"Alma” descreve em diversas actuações e cenas paralelas, um espaço de tempo de 1901 até hoje. As figuras da acção levam-no através do tempo e das salas. As exibições estão dispersas por toda a casa. Com uma decoração interior soberba no estilo da época, com cozinhas e panelas fumegantes, salões elegantes com piano de cauda, casas-de-banho "nuas” e cafés italianos, o espectador segue as vidas de Alma. Por todo o lado descobre-se à luz de centenas de velas, cenas e encenações surpreendentes. O observador é convidado a abandonar a postura convencional de mero espectador para se tornar num viajante activo. Ele será um companheiro de viagem destas personagens viajantes, desta viagem-drama, e ele mesmo escolhe quem deverá seguir, um acontecimento, o caminho e a pessoa e assim, ele próprio constrói, destroi e reconstroi a sua versão do polidrama.